A bulimia nervosa, frequentemente apenas chamada de bulimia é uma perturbação alimentar. As pessoas que sofrem de bulimia comem grandes quantidades de comida num curto espaço de tempo, frequentemente sem sequer terem forme. São pessoas que ao comerem sentem que não se conseguem controlar e parar de comer.
A frequência destes comportamentos, pode varia de algumas vezes por semana a várias vezes por dia.
Na bulimia as tentativas de restringir a ingestão de comida são pontuadas por episódios repetidos de perda de controle em relação à comida (comer compulsivamente).
Estes episódios de comer compulsivamente são a principal característica da bulimia. Podem ocorrer desde 1 a 2 vezes por semana, até várias vezes por dia. Na maioria dos casos, estes episódios são seguidos por vómito autoinduzido compensatório (purga) ou o uso indevido de laxantes. Embora existam algumas pessoas que não façam qualquer tipo de purga.
O peso da maioria dos pacientes com esta perturbação alimentar encontra-se numa faixa saudável (com base no IMC). É comum estas pessoas apresentarem também características depressivas e ansiosas.
Dois tipos de bulimia
Bulimia do tipo purgativo, em que a pessoa força o vómito após a ingestão descontrolada de comida.
Bulimia do tipo não-purgativo, em que a pessoa recorre a laxantes para tentar eliminar a comida que ingerir e/ou passa passar longos período sem comer e/ou pratica exercício físico excessivo.
Sintomas
- Preocupação extrema com o peso e forma física
- Comer grandes quantidades de comida, num curto período, frequentemente em segredo.
- Provocar o vómito após a compulsão alimentar.
- Uso desadequado de laxantes ou outros semelhantes
- Passar muitas horas sem comer.
- Exercício físico excessivo.
3 características para o diagnóstico de bulimia
- A pessoa sobre-estima a forma e o peso.
- A pessoa apresenta comportamentos de compulsão alimentar recorrente. Isto é, é ingere uma quantidade objetivamente grande de comida, o que lhe provoca uma sensação de perda de controlo.
- A pessoa tem comportamentos de controlo de peso extremos, como restrições alimentares rígidas, vómitos autoinduzidos recorrentes, ou uso frequente indevido de laxantes.
Existe ainda um quarto critério, que define que para que se diagnostique bulimia, a pessoa não pode cumprir todos os critérios de diagnóstico de anorexia. Não sendo assim possível ter os dois diagnósticos em simultâneo.
Tratar a bulimia
A psicoterapia é especialmente útil no tratamento da bulimia uma vez que permite ajudar a pessoa a melhorar a sua imagem corporal e a compreender e lidar com as suas emoções. Permite também, modificar os pensamentos obsessivos e os comportamentos compulsivos relacionado com a comida. Apoiando no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.